No rastro da Operação Lava Jato, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) quer lançar 24 candidatos em 2018. Além de vários, já convidados pela sociedade através de partidos políticos do País, a federação também seleciona nomes para representar a categoria nas urnas no próximo pleito. O último convidado foi o policial federal Plínio Ricciardi, um dos responsáveis pela prisão, no Rio de Janeiro, do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB). Os dois federais que efetuaram a prisão, que são gêmeos, viraram estrelas na internet: “os gêmeos da federal”.
Montando a bancada
O presidente da Fenapef, Luís Boudens, não perdeu tempo. Ligou e convidou o agente Plínio Ricciardi para ser candidato representando a categoria dos policiais. “Agora, a polícia vai resolver a política de dentro”, com vários policiais candidatos em diversas unidades da Federação. A ideia é ter policiais concorrendo ao Senado, deputados federais e estaduais. Também integram o grupo dos representantes da Polícia Federal Lucas Valença, o “Hipster da Federal”, e o já deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que é escrivão da Polícia Federal e filho do pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Os federais se distribuem por PSDB, PSC, PRP, SD, PPS, PTB, PSD, PPL, PR, Patriotas e Rede.
Bem-vindos os federais
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), vê com bons olhos a “Operação Eleições”, com as candidaturas dos representantes da Polícia Federal a cargos eletivos. Fraga argumenta que “nós conseguimos algum sucesso, aqui na Câmara, com relação à Segurança Pública, exatamente porque nós temos hoje de 25 a 30 deputados oriundos da área de segurança pública”. “Quanto mais parlamentares desta área, melhor”, acentua o deputado e pré-candidato ao governo do Distrito Federal. Segundo Alberto Fraga, “a sociedade está carente de segurança pública. Portanto, bem-vindos os federais”.
Frente Ampla pelo Brasil
“Os policiais federais estão de parabéns. A iniciativa deles vai ao encontro dos princípios da Frente Ampla pelo Brasil, que eu defendo. Como disse Bob Marley, ‘se aqueles que fazem o mal não param um minuto, nós não temos o direito de parar’. Temos que ter legítimos representantes do povo brasileiro no Congresso. É fundamental elegermos pelo menos um senador por estado representante da Frente; e na Câmara, pelo menos 200 deputados”, enfatizou o senador gaúcho Paulo Paim (PT).
Fonte: Jornal do Comércio