Policiais federais manifestaram repúdio à nota publicada pelo jornalista Ricardo Noblat, nesta segunda-feira (19), com o título “Raul Jungmann enquadra diretor da Polícia Federal”. No texto publicado em seu blog na versão online da revista Veja, Noblat incute que o titular do Ministério Extraordinário de Segurança Pública teria deferido comentários de cunho difamatório sobre os policiais federais cariocas, informação que já foi refutada pelo próprio ministro.
Após ser comunicado sobre a matéria, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens, conversou com o jornalista por telefone, que disse ter obtido a informação por meio de fonte próxima a Jungmann. “A Federação tem muito respeito pela imprensa e nosso contato ocorreu no sentido de entender o que motivou a ofensiva”.
Ao jornalista Boudens afirmou “que desvios de conduta e cometimento de ilícitos por policiais federais sempre foram combatidos com muito rigor e sem marcas de protecionismo corporativo na Polícia Federal”, assegurou.
Em sua conta do Twitter, Jungmann enviou mensagem direcionada ao jornalista. “Noblat, desminto enfaticamente a fonte que lhe disse termos repreendido o diretor-geral da PF, ou feito comentários negativos sobre a superintendência do Rio, polícias do estado ou guarda municipal da prefeitura. Todas, sem exceção, dignas de todo respeito”.
Repercussão
O assunto ganhou repercussão nesta terça-feira (20). O Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro se manifestou dizendo que a publicação “trata-se de tentativa rasteira e inexplicável de denegrir e manchar a honra e a dignidade de uma categoria profissional e de um órgão de Estado que estão passando o Brasil a limpo, com ações anticorrupção nunca vistas na história recente deste país.”
A entidade mencionou o avanço das investigações da Lava Jato no estado e afirmou que “irá adotar todas as medidas cabíveis para coibir e reparar a agressão gratuita à honra e à reputação dos policiais federais cariocas, assim como coloca seu corpo jurídico inteiramente à disposição de todos os filiados que se sintam ofendidos pela mencionada matéria para que também ingressem individualmente com as medidas judiciais pertinentes”.
Já a Fenapef enviou ofício ao ministro Raul Jungmann, em que considerou oportuno o esclarecimento feito pelas redes sociais e afirmou que a entidade “jamais absorverá, sem reação, à insinuação de que existam ‘bandidos’ nos quadros da Polícia Federal”. O presidente Luís Boudens também colocou a Federação à disposição da pasta.
“Reafirmo o compromisso da nossa entidade nacional, a maior dos policiais federais, em contribuir com o novo ministério na apresentação das propostas de reestruturação da carreira policial federal e participar das soluções buscadas pelo Governo Federal no combate à corrupção e às organizações criminosas instaladas no País.”
Fonte: Comunicação Fenapef